Theresa Zabell Lucas fez o primeiro contato com o mar com apenas alguns meses, quando a família Zabell teve que emigrar da Inglaterra para as Ilhas Canárias em um cruzeiro por motivos profissionais do chefe da família. Lá ela encontrou o azul, cheirou-o e provou-o ficando na sua retina com a imagem do que tinha de ser um "Sea in Blue".
Pouco depois, os Zabells fixaram-se em Fuengirola (Málaga) e foi lá que Theresa, com dez anos, um metro e meio de altura e cinquenta quilos, embarcou pela primeira vez num veleiro. Como ela diz "Eu estava com mais frio no mar do que em toda a minha vida". Mas quatro anos mais tarde, ela era quase uma especialista na Classe Europe e chegou a ganhar um Mundial da classe em La Rochelle, em 1985. Ela começou a sua carreira olímpica quando uma decisão federativa injusta a deixou de fora dos Jogos de Seul 88, apesar de ter vencido a qualificação. A Federação escolheu a dedo Adelina González e Patrícia Guerra para representar a Espanha nesses Jogos.
Theresa pensou em deixar tudo e passou um ano a viver em Inglaterra desligada da vela, mas encorajada pela sua família decidiu tentar mais uma vez a aventura olímpica nos Jogos de Barcelona. Desde então, duas medalhas olímpicas de ouro (Barcelona 92 com Patrícia Guerra e Atlanta 96 com Begoña Vía-Dufresne), cinco Campeonatos Mundiais e três Campeonatos Europeus enfeitam o palmarés desportivo mais bem sucedido da vela espanhola com inúmeros Campeonatos Espanhóis e proclamada uma vez a melhor velejadora do mundo pela Federação Internacional de Vela.